terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Contextos

Como se pode crescer pra dentro?
Estagnar o tempo com as mãos,
Segurar o óbvio na retina...

Preferir o nada contido
O vazio dos pretéritos imperfeitos
Os ventos trancados nos potes
Caras de paisagem
Anestesia para a paixão...

Não quero escolher minhas palavras
Quero poder sentir a grama, o mar aos pés
Subir na janela pra sentir o movimento dos cabelos
A grata sobremesa,
O espetáculo do rabo da baleia na onda...

Não tranco meus monstros
Deixo-os brincarem no jardim.
Quem há de crer que não são crianças?
Quem há de duvidar que dariam medo se são o que são?

Preferindo o caminho á pedra
Esse é o meu caminho.
Onde as flores crescem,
Onde até Claude Monet trocaria os óculos!
Onde meu coração se vê
e reflete
Tudo o que você quer viver.