quinta-feira, 24 de abril de 2008

Ainda...

Se explicações bastassem
Nenhuma palavra me lembraria teu nome
Entre pobres e simples mortais
Ainda estremeço os joelhos ao ouvi-lo...

E se o teu rosto
Na ponta dos meus dedos
Não estivesse em hologramas
Meus sonhos não seriam tão inquietos...

Proponho-me, empilhando as saudades
Dentro de um pseudo-tempo em que tento existir
Perco-me em lembranças tão vagas quanto a tua presença
Que de ti não me perco, luz nos meus passos!

Se essa luz rebuscada em sereno e vapor
Abraçasse-me entre as trevas
Como os teus olhos, tão negros
Tomaram minha visão...

É, saudade...
Palavra que parece batidas na porta que ninguém abre
É a sensação de achar o que não estava perdido, só não possui.
E a tua voz grave e rouca ecoando no vácuo da tua ausência.