segunda-feira, 23 de julho de 2007

Apenas um lugar...

Se existe um lugar entre a razão e a consciência, procuro-o desesperadamente nas minhas noites em claro. As muitas escolhas que me traz a vida, as promessas não cumpridas de outrem, os arrependimentos, os lamentos da alma. Perpetuam as duvidas sobre a confiança e o respeito ao ser próximo, aquele que nos afaga e nos bate em seqüência, que se mantêm inerte e inquieta o pensamento, e todas as outras duvidam filosóficas inerentes as paixões. Por que nos corta como faca o semblante, porque nos fere a alma dessa forma pouco sutil e desesperada?Não á nenhuma razão que nos leva a dor consciente e física.Talvez seja apenas o ego,esse,quando ferido nos gera protestos emocionais sem cabimento.Entenda-se,compreenda-se,aprenda-se. Nada pior que a ignorância íntima, que o apego ao exterior e o desapego a imensidão do coração. Que caibam mundos e universos nesse espaço sagrado. Que não se cale a dúvida, que não se percam os momentos, mesmo que sombrios, do sentimento humano. E esse mundo mágico criado por nós mesmos, sem tempo, sem ruas, sem portas; desaba sobre nossa vida cotidiana quando o coração está enfermo. Esse, que é mais lívido que a água, mais leve que uma pluma e mais pesado que uma grande montanha cria teorias, constrói de massa petrificada nosso pão, nosso teto. Que se dê asas ao coração. Que se jogue de cabeça aos amores, sejam eles fúteis, afáveis, plácidos ou explosivos, eternos ou folgasses, sólidos ou sonhadores. Não importa a procedência, a credibilidade, a viabilidade. Coragem no destino, força na luta, esperança. Sentimentos e sensações mantenham-se vivos, por favor.

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