segunda-feira, 23 de julho de 2007
Estrada
Vou andar por caminhos insones, aparentemente vagos. Cheia da minha alma, me procuro em multidões vazias. Não, não estou sozinha, apenas solitária. Parto para uma jornada sem rumo certo, sem escolher a estrada. Por muitos anos vaguei pelas estradas de outrem, por caminhos infundados, por vastos campos não semeados. Quero a alegria das flores. Acredito que todos possam sentir seus perfumes, por isso, vou contra o vento sem escolher os caminhos. Quero que eles me escolham agora. Da alma a incerteza, do coração o inesperado, do mundo que nunca senti meu, dos pés que agora descalços vagam pela própria sorte. Se esta é a direção certa, não sei. De que saberia um ser sem pátria?Sem porto, sem partida? Onde se esconderam a felicidade e o destino? Agora a busca será mais lenta; pois; sem rumo se tornou estada, não estrada.
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